quarta-feira, 9 de maio de 2012

Até onde deve o professor ensinar?

Até onde deve o professor ensinar?

Há algum tempo tive conhecimento de apuros em que um professor (português) se meteu por ensinar além do programa e, sobretudo, do manual. Reuniram-se pais, deram conhecimento à escola e... defenderam-no os alunos, miúdos de onze, doze anos que, chamados, disseram que aquilo de que o professor lhes falava era do seu interesse. Acalmaram-se os pais e o professor continuou a fazer o que fazia: terminado o que é obrigatório e paralelamente ao obrigatório, havendo tempo, vamos para diante! 

Lembrei-me deste caso a propósito duma notícia que me foi enviada, que dá conta do despedimento de uma educadora de infância de Andorra por ensinar a ler, a escrever e a contar a crianças de quatro e cinco anos. Neste caso, os pais estiveram do seu lado e parece que as crianças não se queixam. Isto não obsta que a determinação da entidade inspectora se mantenha.

O cruzamento dos dois casos,"apanhados" ocasionalmente, interrogam até onde deve o professor ensinar: na exacta medida do que está estabelecido no currículo? Um pouco mais se os alunos acompanharem? Se sim, até onde? Um pouco menos se os alunos não acompanharem? Se sim, o que deixar de fora?
Helena Damião (blog DRN)

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